sábado, 29 de junho de 2013

56 - Bandwidth do Vinil: Largura de banda de freqüências



48. "Bandwidth" útil do Vinil ou Largura de banda útil de freqüências do disco de vinil: O disco de Vinil na hora da gravação tem largura de faixa quase infinita, por ser analógico. Na prática, um vinil novo, bem prensado, tem largura de banda de freqüência útil de aproximadamente 100 hHz de espectro frequencial. Comparando-o ao CD áudio de 16 bits, na gravação, este tem uma "taxa de amostragem" de 44.100 Hz, o que dá uma largura de faixa de banda útil de aproximadamente de 22.05 kHz segundo o teorema de Nyquist. Os analistas do CD argumentam que com uma amostragem de aproximadamente 44 kHz, um som analógico, senoidal de 8 kHz, terá apenas 5 ou 6 amostragens, tornando-o uma escada de sinais "quadrados". Outro problema do CD na gravação e consequentemente, na reprodução, é a quantidade de níveis em amplitude, pois usa tecnologia de 16 bits, o que dá 65.536 níveis em amplitude. Na tentativa de melhorar o que se traduz em um áudio pobre, existem duas tecnologias digitais: O DVD-Audio e o SACD (Super Audio CD). O DVD-Audio tem amostragem de até 192 kHz (96 a.s de largura de banda) por 24 bits em amplitude (16.777.216 níveis em amplitude). O SACD (Da Sony) trabalha com conversores Digitais Analógicos diferenciais, que usam tecnologia de 1 bit por freqüências de amostragem de 1,98 mHz o que não resolve e nem o torna melhor que o DVD-A. Ambas as tecnologias se propõe a dar a mesma qualidade do Vinil, mas isso é impossível. Em igualdade de condições, a qualidade do disco de vinil bem gravado e bem reproduzido é superior. E não poderia ser diferente, pois o LP é cópia direta do sinal do som real, enquanto o CD é uma cópia de uma cópia do sinal proveniente do som real.  "O sinal registrado no CD é uma cópia (Digital) de uma cópia (Analógica) do som ao vivo". E o som do CD, DVD-A ou congêneres, é retirado cada vez de uma maneira diferente, pois o sampleamento nunca é o mesmo; a leitora nem sempre lê os dados da mesma forma cada vez que lê. Já o sinal registrado no vinil é uma cópia do som real, um "espelho" do som ao vivo. O Sinal é lido sempre da mesma forma. Argumentos de que o CD tem uma praticidade que o disco de vinil não tem é o mesmo que comparar lanchonete (boa) com restaurante bom... Na lanchonete, tudo é prático, se como rápido, mas se come bem? Não. "Quebra-se um galho", sabemos. Alimenta-se o corpo para algo imediato. No restaurante, alimenta-se o corpo e a alma. Coisas diferentes. Assim é escutar discos digitais e mp3, em comparação a escutar vinil com o equipamento que ele exige para mostrar suas qualidades. Além do que, "praticidade" é conceito estranho à ciência musical e à percepção musical e artística. Ninguém que realmente deseje aprender a escutar "música em conserva", preocupa-se com essa tal da "praticidade". Mas voltando à questão estritamente técnica, o sistema de conversão digital (Gravação e reprodução) trouxe a propalada "portabilidade", mas é factualmente imperfeito e trouxe um sério prejuízo à educação auditiva (Pela "metalização" dos instrumentos acústicos, como violino, viola, piano, violão, prejudicando a "madeirização" e "aveludamento" do som e dando lugar à metalização e congestinamento de freqüências do som e um evidente prejuízo aos altos agudos, aqueles entre 15 hz aos pobres e limitados 22.05 kilohertz do espectro sonoro, que, nos bons sistemas analógicos, pode chegar a 60 kilohertz do espectro sensível (Vide Cápsulas com esse desempenho). Nem o aumento da amostragem a 28.244 mHz a um bit não mostrou solução para a inexatidão digital (Que é matemática, não é uma invenção e nem preciosismo!). A compressão MPEG" é realmente um problema. A quantização limitada é a "praga" do digital. A limitação de replicagem da onda senoidal a informações geradas por registros que se limitam a números inteiros como o 0 e o 1 é a causa definitiva desse problema, pois a onda original analógica proveniente do som gravado em estúdio exige uma representação matemática em voltagem com "vírgulas", os números são delicados e bem detalhados, algo como 1,23 milivolts, o que no sistema digital é gravado apenas como "1"; e por aí vai, se existe uma "ponta de onda" de 23,45 milivolts, ela será registrada digitalmente apenas como 23 milivolts. Isso é inexatidão grosseira e repercute no som; é uma "pureza" de som do digitalismo que tem um preço alto que é a perda de organicidade da música, prejuízo à nossa percepção correta dos harmônicos das notas, e o corte frequencial, pois a amostragem tem que ser finita por sua natureza falha e limitada; vez que, quando mais se a aumenta, maior a geração de erros (Erros de dither) que "sujam" o som, tirando dele realismo. Isso é fato entre engenheiros. Um exemplo foi descrito pelo engenheiro do Grupo Musical Nirvana, que afirmou em uma linguagem mais coloquial que a gravação digital, especialmente o tal "mp3", "joga tudo fora". Foram, em outra oportunidade, demonstrados graficamente em programa de computador específico para isso, "buracos" tridimensionais do espectro de uma gravação de CD de Rock, onde não se consegue reproduzir corretamente "guitarra distorcida" (Site RockPress, dos Mutantes). (A entrevista ao engenheiro do Nirvana, está na Revista Áudio Som de 08 abril de 2009). Outro especialista que sustenta esses argumentos retromencionados é Doutor Christiam Herrera, professor titular da UFMG e defensor de sua tese de pós-graduação "Modulação Sigma Delta em Áudio", pela PUC-MG. Em outra problemática, que é a da durabilidade e integridade do "áudio armazenado" em informações digitais seria a gravação dos discos digitais em super discos rígidos de computador (HD's). Mas o problema dessa idéia é o sistema eletrônico falível, de controle dos seus multi-discos magnéticos à vácuo e do braço leitor com sua minúscula cabeça magnética. Ou seja, o disco rígido tem uma placa eletrônica que "pifa" e o HD pára de funcionar. Então vemos que, tudo que depende de um eletrônica, está fadado ao insucesso em termos de conservação. Outro problema foi jurídico: A publicidade enganosa (Código de Proteção e Defesa do Consumidor), pois foram prometidos cem anos de durabilidade para discos digitais, o que a indústria não foi capaz de cumprir. Discos digitais só duram, em média, dez anos. Os que ultrapassarem esse termo o terá sido por pura combinação de fatores, como clima, cuidados e material empregado na hora da fabricação. O que os consumidores estão fazendo e já comprovando sem sombra de dúvidas é uma invenção que já nasceu imperfeita; com o "germe da morte", a durabilidade imprevisível e a possível "morte" súbita. Um disco de vinil, se você não o destrói intencionalmente, o tempo não fará isso por você em, no mínimo no lapso de tempo de quinhentos anos. Com discos digitais temos a oxidação lenta e certa pela porosidade natural do policarbonato e susceptibilidade dele (Policarbonato) "virar" substrato de fungo, seja por falha industrial ou fatores externos, (Já que todo ar é oxidante, além de o ar, especialmente o caseiro, ser impregnado de gordura em micro partículas flutuantes, que se depositarão no disquinho). (Tanto que ele é vendido lacrado, perceberam?). Por fim, encerro falando em replicação de som ao vivo, que é algo aproximado do real, pois é  impossível (E até sadiamente indesejável!) a replicação exata do som real (O produzido ao vivo). Nesse raciocínio, o disco de vinil também nunca replicará o som real ao vivo (Em estúdio ou gravação fora dele), mas é inadmissível aceitar-se a destruição ou corrupção dos harmônicos das notas gerando a já conhecida metalização de instrumentos acústicos. Quem "viciou-se" a escutar um somente "som digital", perdeu ouvido, concluo.