A produção de um CD industrial de áudio e de um Áudio Vinil (AV). Começaremos explicando a criação de uma e de outra mídia,
no caso, o disco de vinil e o disco compacto de cianina ou phtalocianina, e
policarbonato, materiais mais usados na fabricação do CD-WORM (Compact
Disc-Write Once Read Many), além da dye, a camada de policarbonato onde são
registrados os furos e da camada refletiva (Reflective Layer) de alumínio ou
ouro necessária para a reflexão no fotodiodo a gerar o dado "1".
Neste último, no caso de CD's de camada de ouro de 24 quilates (Que também
oxidam, infelizmente. Fonte: Doutor em Ciência da Computação que trabalha
na Sony-Philips). Entenda-se como mídia, do latim medium, como
"meio": Matéria manufaturada com a finalidade de acondicionar informações
para posterior conversão em música. O disco de vinil é produzido da seguinte
forma: no estúdio ou ao vivo, são captados os sons por fita magnética de
gravadores de rolo de altíssima fidelidade (Fita de 2 polegadas rodando a 30
ips), por fitas DAT (Digital áudio teipe) ou por um CD denominado super áudio
CD (SACD), DVD-A ou HD AAC. A forma de captura do som já começa a dividir as
opiniões daqueles que têm o comando da operação: Parte dos engenheiros de áudio
preferem as mídias analógicas como os gravadores de rolo, denominados Hi-End
(termo utilizado para destacar aquilo que de altíssima fidelidade). A outra
parte prefere as atuais mídias digitais (DAT, SACD, DVD-A, HD AAC; etc).
Escolheremos, para exemplificar melhor a gravação do vinil a partir da captura
do som ao vivo, em estúdio ou com platéia ao ar livre, a mídia em fita
magnética de gravadores de rolo, por estas terem o poder de capturar toda a
banda passante de áudio de modo matematicamente perfeito, ou seja, todos os
sons ali existentes no momento da gravação. Gravado o áudio no rolo, ele é
submetido à apreciação dos engenheiros para apuração da qualidade de todo o
áudio. Aprovado o áudio, esta fita doravante se denominará "master".
Essa fita será colocada num equipamento de rolo conectado a um outro
equipamento semelhante a um toca-discos (A Lathe Cutter), só que seu braço
contém uma agulha de corte, também denominada estilete. Neste equipamento
semelhante a um toca discos, será colocado um disco de vinil virgem pronto para
ser cortado. Cortado aqui significa terem seus sulcos moldados, confeccionados.
Assim, o gravador de rolo transferirá todo o áudio para o equipamento de corte
(Pode ser ao vivo, diretamente da banda para a cabeça de corte - http://www.pauleracoustics.com/ -DMM) que irá então elaborar os sulcos, cortando-os
no vinil virgem para uma reprodução posterior no produto final, um LP rodando
na velocidade selecionada, que pode ser de 16, 22 1/2, 33 1/3, 45 ou 78 rotações por minuto. É importante se observar que todo o áudio é transferido para o
vinil (Fisicamente possível). O
que fica registrado no vinil é um espelho do sinal analógico. E aqui já fica um
alerta: Nenhuma mídia é capaz de replicar 100% do som original ao vivo como ele
é, na realidade, ou seja, como os nossos ouvidos o ouviram ao vivo. Isso porque
os sons ao vivo estão ligados a vários fatores físicos que não se repetem. Mas
as mídias analógicas são as que mais se aproximam disso por não omitirem
absolutamente nada do que os microfones lhes enviaram, na gravação dos sons
originais. E nestas estão enquadradas as fitas magnéticas (De áudio tape e
cassettes) e os discos de vinil. Produzido este disco pelo estilete de corte,
ele se denominará laccquer. Este disco de vinil será "pintado"de
prata através de um processo eletrostático chamado galvanoplastia. A partir daí
ele estará pronto para confeccionar o stamper, através de prensagem.
Confeccionado o stamper, ele é um espelho perfeito do laccquer: Ele contém os
mesmos sulcos, só que em alto relevo. E este stamper (estes, já que são dois os
lados de um LP; o A e B) então será colocado em uma prensa, que prensará
unidades virgens de vinil e assim é que são prensados os nossos tão conhecidos
LP's ou simplesmente, vinis. O CD tem um processo de fabricação mais simples:
Escolhida a mídia, digital ou analógica, esta é transferida para um equipamento
que moldará uma matriz (Chamada master glass, que prensará até 10.000 unidades)
contendo o inverso dos furinhos que todo o CD contém, essenciais para serem
lidos pelo raio leiser. Há vários processos, sendo o mais preferido o Standard
Stamper-Injection Molding (Veja os vários processos de fabricação no site http://www.ee.washington.edu/conselec/W94/edward/edward.htm , do professor Edward A. LeMaster da Universidade de
Washington). Onde há furo o laser não reflete e isso gera um dado, o dado
"0". Onde não há furo e sim alumínio polido, o leiser reflete e isso
gera o dado "1". Feita essa matriz, ela será colocada numa prensa que
prensará os CD's, tudo automático havendo inclusive um braço robotizado que lê
imediatamente o CD produzido rejeitando-o se houver erros. Assim é feita a
produção industrial da mídia digital, qualquer que seja ela. (Diferente do
processo do LP que tem todas as etapas controladas artesanalmente pelo ser
humano. Um stamper positivo ou madre produz até 2.000 LP's, em
qualidade). No CD gravável doméstico, o processo de gravação é outro: Há
uma camada a mais, sensível ao raio leiser mais forte dos drives de gravação e,
onde ele atinge a camada, onde formam-se bolhas que interferem no laser da
leitora e o processo é semelhante ao acima descrito. Importante é ressaltar a fabricação de CD's
worms Negros: A camada refletiva existe; está apenas coberta por um
policarbonato negro. Como o laser lê, se o policarbonato é negro? Simples: O
policarbonato está polarizado para que o feixe de raios laser o atravesse. A
indústria de CD's vem utilizando esta estética em razão do sucesso que é a
beleza negra dos vinis, com seus sulcos sonoros. E na parte do CD que não toca,
existem até ranhuras circulares imitando o vinil.