sábado, 29 de junho de 2013

31 - Diferenças marcantes entre a gravação digital e a analógica


Diferença objetiva entre analógico e digital, ou melhor, entre o analógico e o numerizado - A grande diferença entre o som analógico e o som "digital" é que o primeiro é proveniente de um sinal analógico real e o segundo é proveniente de um sinal analógico processado, recriado, o que faz com que a gravação digital não tenha a fidelidade que a gravação analógica tem, em função da destruição da onda elétrica senoidal original, parte do próprio processo de amostragem (Sampleamento, que é a colheita de uma amostragem a uma determinada taxa prá-fixada - sample rate). E isso culmina em causas para essa inferioridade sonora: A impossibilidade de se levar a onda inteira para dentro do CD (A senóide analógica é um "sampling infinito") os erros de quantização e os erros de leitura, denominados erros de dithering. Dithering, erro de meio-tom, é a adição de ruído aleatório ao sinal para distribuir os erros e minimizar os efeitos auditivos causados por eles, geralmente colocados na região mais alta das freqüências de um CD de áudio, a região "ruim" dos 20 kHz exclusive, até os 22.050 hz. (Op. Cit. Iazzetta). Imperfeições no conversor DAC (Digital analógico conversor) e no quantizador também podem introduzir sons espúrios, especialmente este último. Segundo tese de pós-graduação em engenharia elétrica de autoria de Christian Gonçalves Herrera (UFMG), ele cita: "a natureza não linear dos conversores na etapa digital-analógica, a realimentação e o fato do ruído proveniente da quantização não ser branco (Ruído branco), introduzem sons espúrios na onda analógica reconstruída". Ele diz: "...um aspecto que merece atenção refere-se à natureza não linear do conversor, à realimentação, e ao fato de o ruído de quantização não ser branco como assumido. Tudo isso leva ao aparecimento de componentes periódicas (limit cycle oscillations) na saída do conversor. Estas componentes podem se situar dentro da banda do sinal de entrada, principalmente em conversores de primeira ordem, o que é extremamente indesejável em aplicações de áudio e voz". Resumindo: O problema do processamento digital de um sinal de áudio (Digitalização de áudio analógico) ocorre por causa do sampleamento (Na leitora de CD) e do erro de quantização (Na conversão, na gravação do master), que irão afetar drasticamente a integridade do espectro sonoro, resultando na metalização do som e deficiência de graves até aqueles que são agregados às freqüências médias. Já o registro feito nos sulcos de um LP é um espelho perfeito do sinal analógico gerado pelo som real ao vivo. O sistema é mais puro e tem menos etapas: De maneira simples, um microfone capta, transforma as ondas sonoras em sinais elétricos (Transdução) que por sua vez irão direto para um equipamento que equalizará as freqüencias para serem enviadas para uma espécie de toca-discos, que em vez de tocar, ele corta o disco exatamente em função da vibração de sua agulha de corte alimentada pelo sinal que a ele é entregue. Esse disco de acetato (No método DMM é um disco de cobre pirofosfato) cortado vai para um banho de níquel e prata e adiante, dele será descolado a parte metálica prateada da parte do acetato, chamando-se "mother negative". Essa "mother negative" gerará uma "mother positive" por prensagem, tendo-se aí, a matriz para prensar de mil a dois mil discos de vinil, dependendo do controle de qualidade da indústria de vinis em questão e exigências da gravadora.