sábado, 29 de junho de 2013

24 - Nos discos digitais quem "canta" é o aparelho. O disco só presta informações


No CD quem canta (Soa) é o aparelho. É uma obra kitsch. (Kitsch em sociologia é cópia vulgar, no sentido artístico da estrutura da obra). Porque digo assim? Porque chamo de obra kitsh? Explico: O que escutamos num CD é o que em sociologia se chama de kitsch (Arremêdo da obra do artista), porque quando o sinal sai do circuito analógico onde a variação de sinal é contínua e ingressa no circuito integrado DAC (digital áudio converter), este sinal é "destruído", posto que é codificado (deixa de ser um sinal contínuo) para ser distribuído nas várias células desse integrado, composta de microcircuitos tipo "flip-flop" (comandos 0 e 1). É aí que o nosso querido sinal de áudio fica armazenado em pacotinhos para depois ser recriado... Muita, mas muita informação é perdida entre 0 e 1, já que em eletrônica digital não há o meio termo da eletrônica analógica, a codificação binária só comporta valores finitos e não infinitos, como no analógico com a sua infinitude de valores em milivolts. (Cf. pág. 3, FAQ, no site americano http://www.urpressing.com/). Então "Viva a preservação da arte. Viva as mídias analógicas!". É a história da estátua pulverizada e reconstituída de que já falei. Adeus, sinal de áudio. Quem canta é o aparelho - O CD player, e não a banda, poderíamos exagerar. Mas não é tão exagero: Verdade: O som que sai de um CD, 50% está nele (Novo) e 50% está na leitora, já que tudo não cabe no CD. A leitora "inventa som", para formar o CD completo. Em tempo: Quando você processa digitalmente um sinal de áudio, você reduz esse sinal de áudio a informações. E se você reduz a informações, não é mais o sinal de áudio. Quando você reconstitui esse sinal de áudio na outra ponta, não é mais o mesmo sinal de áudio, é outro.